O que é liberdade?
Segundo Rudolf Steiner, criador da antroposofia, a nossa mais elevada tarefa deve ser a de
formar seres humanos livres que sejam capazes de, por si mesmos, encontrar
propósito e direção para suas vidas.
Livres para quê? Essa foi a pergunta que me fiz e aqui
compartilho parte das respostas que descobri. Espero que ajude.
Vou falar do conceito da liberdade de ser quem você é. Uma das explicações, para quem acredita, é
que o nosso o Eu Superior cercou-se, em um processo lento e em estágios
graduais, de várias camadas de matéria mais densa, que não chegam a ser o corpo
físico, mas de matéria sutil. Essa matéria é infinitamente mais densa que nosso
Eu Superior. São os chamados corpos sutis. Aqui começa o nosso caminho para a liberdade,
que é o de aos poucos tirar esses corpos densos que se formaram em torno do seu
Eu Superior, seu Ser essencial, sua Consciência,
ou como você preferir chamar.
Esses corpos densos são o Eu Inferior e a Máscara. Ambos são
formados de concepções errôneas, más interpretações de nós mesmos e dos outros,
ou seja as crenças limitantes que impactam negativamente em nossa vida.
O Eu Inferior representa uma realidade temporária
composta de nossas Falhas comuns, fraquezas
individuais que variam de pessoa para pessoa, ignorância e preguiça. Já a
Máscara é aquela camada criada quando uma pessoa reconhece que pode entrar em
conflito com seu ambiente se ceder aos desejos de seu Eu Inferior, e não está
pronta para enfrentar as consequências e pagar o preço de eliminar o Eu
Inferior.
O primeiro passo para poder transformá-los é aceitar. Aceitar esses
pensamentos e sentimentos que vêm do Eu Inferior e da Máscara. Eu os associo à imagem do fio de uma meada: cada
pensamento deste tipo é como se fosse o fio da meada qu, se for seguindo a sua trilha até o centro, e me levará a aprender
algo a mais sobre mim mesma. Ele é uma parte de mim e não representa a
totalidade de quem eu sou, mas traz uma mensagem de algo que preciso transformar em mim. Ao encarar desta forma, não precisa lutar contra nada que está em
você. Basta aceitar, tentar ouvir a mensagem que essa voz traz para poder
transformá-la. É uma grande oportunidade de crescimento.
Se nos identificarmos com ele por inteiro é como se
acreditássemos que somos somente isso. E é esse tipo de atitude que constitui o
nosso ego. A identificação com o pensamento. E falo daqueles pensamentos a que
Eckhart Tolle se refere com os quais o
ego se identifica e que nós fazem acreditar a nossa totalidade é somente aquele pedaço.
Como podemos dissolver parte desse ego que nos aprisiona em
crenças que construímos inconscientemente e que hoje nos limitam? Essas crenças
foram geradas na nossa infância e, em algum momento nos serviram. Elas atuam na
parte do nosso cérebro ligada à nossa sobrevivência e por isso até hoje uma
parte de nossa mente acredita que elas são úteis. E é a essa parte que
precisamos mostrar que não.
Aqui coloco uma meditação que aprendi no Pathwork, que pode
ajudar àqueles que querem verdadeiramente entrar num caminho de
autodesenvolvimento, com paciência, aceitação e compaixão por si mesmo. E é
desse jeito também que agiremos com os demais, se começarmos por nós mesmos
Se nosso desejo for reconhecido no mundo espiritual, se nosso desejo de
purificar-se for verdadeiramente sincero e não meramente o desejo de livrar-se
de consequências desagradáveis que lhe são mais visíveis ou perceptíveis, ajuda
nos será estendida, orientações chegarão até nós, de modo que possamos ir à
luta contra nosso Eu Inferior