quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O ADVENTO



ADVENTO: “aquele que vem”

Para os cristãos, o advento é a época de preparação para receber quem está por vir, ou seja o Cristo.

Por isso, antecede ao Natal e começa a ser vivenciado 4 semanas antes da comemoração do Natal, nos 4 domingos anteriores à data.

É uma época de introspecção, de ter a oportunidade de ver como somos e nos prepararmos para o SER que virá. Este ser pode ser associado ao Cristo em nós, ou seja o contato com o nosso Ser Essencial.

É a preparação do nosso espírito para que a entidade de amor, o Cristo, possa nascer em nossos corações.

O desafio está em ficar presente para que todo o barulho e correria que antecede o Natal, tais como as compras, preparação da ceia não nos levem para "fora" e tirem toda a nossa energia vital, necessária para nos re-ligar à nossa fonte divina.

Os barulhos também são os nossos pensamentos, a pressão do dia a dia, o trânsito, nossa forma automática de agir no mundo.

Meu convite é que você se dê a oportunidade de reservar um tempo para ficar em silêncio, contemplar o céu, acender uma vela, com o intuito de se reconectar com você mesmo. Não é necessário ser cristão para isso, pois aqui a mensagem é a o de se reconectar com o Ser de amor que vive dentro de cada um de nós.

A vela é o símbolo da luz que brilha para todos, de maneira igual. Traz a luz e o calor : a luz que ilumina a mente dos homens e o calor que aquece os seus corações.

Que essa luz possa ser o farol para esse "Novo Homem" que a cada momento podemos nos tornar.

Trecho da Pedra Fundamental (Rudolf Steiner)


Na transição dos tempos
Entrou luz espiritual universal
No terrestre caudal dos seres;
Treva noturna  
Deixara de imperar,
Clara luz diurna 
Irradiou em almas humanas;
Luz,
 Que aquece 
Os pobres corações de pastores;
Luz, 
Que ilumina 
As sábias cabeças de reis.

Luz divina,
Cristo-Sol!
Aquece 
Nossos corações
Ilumina 
Nossas cabeças;
Que seja para o bem 
O que nós queremos
A partir dos corações fundar;
O que nós queremos
A partir das cabeças guiar.


(texto inspirado em leituras do site festas cristãs)





sábado, 1 de dezembro de 2012

A CANÇÃO DOS HOMENS

"Quando uma mulher de certa tribo da África sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres, e juntas rezam e meditam até que aparece ” A canção da criança”.

Quando nasce a criança, a comunidade se junta e lhe cantam sua canção. Logo, quando a criança começa sua educação, o povo se junta e lhe canta a sua canção. Quando se torna adulto, a gente se junta novamente e canta. Quando chega o momento de seu casamento, a pessoa escuta sua canção.

Finalmente, quando a sua alma está para ir-se deste mundo, a família e amigos aproximam-se e, como em seu nascimento, cantam sua canção para acompanhá-la na “viagem”.

Nesta tribo da África, tem outra ocasião na qual os homens cantam a canção. Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime ou um ato social aberrante, levam-no até o centro do povoado e a gente da comunidade forma um círculo ao seu redor. Então lhe cantam “sua canção.”

A tribo reconhece que a correção para as condutas antisociais não é o castigo; é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade. Quando reconhecemos nossa própria canção, já não temos desejo nem necessidade de prejudicar ninguém.

Teus amigos conhecem a “tua canção”. E a cantam quando a esqueces. Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes, ou as escuras imagens que mostras aos demais. Eles recordam tua beleza quanto te sentes feio, tua totalidade quando estás quebrado, tua inocência quando te sentes culpado e teu propósito quando estás confuso.

Tolba Phanem"


Esse lindo texto me fez parar para pensar o quanto muitas vezes estou desconectada da minha própria canção, ou ainda, da canção do outro. Acredito que a melhor forma de ouvir a nossa canção e simplesmente parar e "ouvir" os nossos sentimentos. O que eles querem nos contar de nós mesmos? Encaro como se fosse uma passagem para um caminho interior. Pegar o "fio da meada" desse sentimento e, com coragem, ir em busca de nós mesmos, da nossa canção.

E com o outro? Como podemos fazer? Creio que se partirmos da premissa que cada um de nós tem a sua canção, que é única, perfeita porque traduz quem somos realmente, aquele ato "ruim" que a pessoa possa ter cometido será encarado como um ato e não como a pessoa inteira. Podemos aceitar e amar a pessoa e condenar seu ato. São coisas diferentes! Se exercitarmos isso, olharemos outro (e a nós mesmos) com a magnitude que ele é e não o reduziremos a uma atitude que possa ter cometido. Se fizermos o contrário, é como acreditar que a canção é composta por uma nota tocada apenas uma vez, que inclusive pode estar desafinada...Qual é a canção composta assim? 
Meu convite é que você entre em contato com a sua própria canção! Experimente: pode ser um texto que flua, uma imagem, uma música. E que ela seja a sua referência em todos os ritos de passagem e, principalmente, naqueles momentos que nós afastam de quem realmente somos!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

O CLIC

Hoje tive a enorme alegria de almoçar com um grande amigo, daquelas pessoas que não vemos com frequência  mas que deixam a sua marca na nossa memória. Conversamos sobre assuntos que para alguns poderiam parecer  elucubrações só que para mim fizeram sentido enorme! Foi como se tudo o que falasse estivesse em perfeita sintonia e fluísse (o que muitas vezes me questiono porque acho que penso coisas que só fazem sentido para mim :))
Bom, o foco da nossa conversa foi o CLIC.
Você já passou por situações na sua vida que parecem que dão um estalo no seu modo de enxergar a vida ou a si mesmo? É como se de repente algo mudasse dentro do seu pensamento (e de verdade vem uma sensação interna, como um fluxo de energia, o chamado insight, que te coloca em outro patamar de consciência)
Eu mesma passei por uma situação na semana passada, no curso de autodesenvolvimento do Pathwork, onde falávamos dos centros de energia vital, ou chacras e de cada capacidade que cada um deles nos dão se estiverem fluindo bem. Sem me dar conta, automaticamente, ao se falar de cada capacidade, fui atribuindo a minha nota (dentro da percepção que tenho de mim mesma), como se fosse uma avaliação de performance, como se isso fosse a coisa mais normal do mundo. Quando falei em voz alta que eu achava que "num dos chacras não havia passado no teste" todos me olharam espantados e aí me dei conta da crença interna que tenho de "ter que performar bem em tudo". Nesse momento me deu um estalo e um susto e foi como se tivesse passado um filme em um segundo e percebi como isso estava arraigado em mim...Imediatamente veio uma emoção, uma sensação de choro que tenho certeza que era a energia parada que estava naquele nó. Isso mudou enormemente, num segundo, a minha maneira de ver o mundo. Esse clic!
Esse clic capaz de mudar radicalmente a nossa percepção do mundo...pode ocorrer numa situação como a que vivi, ou se nos permitirmos ver uma situação por outro ângulo, ou se nos damos a oportunidade de reagir de outra maneira numa situação onde sempre agimos da mesma forma e não gostamos do resultado e ficamos abertos a ver o que o mundo nos devolve nessa nova maneira de agir, ou ainda quando temos uma convicção de que algo que queremos vai acontecer, mas uma convicção que vem com uma energia ou força que nem sabemos de onde a tiramos. Enfim, de milhares de formas diferentes. Só que para que esse clic ocorra, precisamos estar desprovidos das nossas crenças limitantes, que muitas vezes nem temos a noção que representam isso e precisamos estar abertos a nos desconstruir para poder nos reconstruir. No  exemplo que citei eu estava de guarda baixa, no sentido de que nem tinha consciência do que falei porque para mim era uma coisa tão arraigada que achava que era assim para todo mundo. Talvez se tivesse passado pelo processo de avaliar mentalmente meu sentimento e minha forma de pensar, o meu próprio pensamento teria sido uma barreira que, através das várias justificativas lógicas que poderia me dar, colocaria aquela impressão dentro de uma caixa....Um dos meus sonhos é poder ter controle sobre esse clic, isto é, ter a capacidade de comandar a ação que os gera, mas confesso que no ponto em que estou são ações das quais ainda não tenho a total compreensão do seu funcionamento.
O que sei sim é que pensar é importante, porque através do nosso pensamento somos capazes de criar a nossa realidade. Só temos que tomar cuidado com o looping mental. O desafio é pensar com o coração. É conectar o nosso pensamento com o sentimento  para que o clic ocorra e as as nossas ações sejam movidas pela energia que eles geram que nos impulsionam para um estado de consciência maior.
Tenho certeza de que esta grata conversa me impulsionou neste caminho e agradeço à energia superior por este encontro!

terça-feira, 30 de outubro de 2012

O fio da meada





Esta semana vivi na pele um chamado para minha autoconsciência...Muitas vezes tomo certas atitudes que, aparentemente são inofensivas ou mesmo impactariam a mim somente (na teoria) e depois percebo o efeito que causou à minha volta, seja para o bem ou para o mal.
Pode parecer lugar comum, mas no fundo o que norteia o efeito que as coisas podem causar é a  nossa real intenção; isto é, dentro de qual frequência de onda estamos vibrando. Muitas vezes não paro para me perceber e avaliar o que me move a agir de alguma determinada maneira. Posso ter milhares de razões que supostamente podem justificar aos olhos dos outros as minhas atitudes, mas se paro para perceber o que realmente me move, somente eu sei a verdadeira razão e a mim mesma não posso enganar. Não que eu queira enganar o outro, mas percebo que às vezes não quero aceitar o ponto em que estou, isto é, posso estar sendo movida a agir pela raiva, julgamento, inveja, enfim, sentimentos não muito nobres mas que estão dentro de mim. Esta semana estou nesse exercício, de me aceitar, simplesmente isso. Como dizem no Pathwork este é um passo importantíssimo: aceitar o ponto em que estamos, nosso eu inferior, as nossas máscaras pois só assim poderemos enxergá-los e poder transformá-los. Hoje encaro isso como um fio que, se o pegar e seguir sua meada, pode me levar mais fundo e ampliar o meu conhecimento de mim mesma.
Esse chamando me mostrou também quão unidos estamos um nos outros. E, sabendo disso, parece que o mundo esta semana me chamou para a responsabilidade em relação aos outros...Agi supostamente em cima de uma bandeira politicamente correta e mesmo assim os impactos nas pessoas não foram positivos. Isso me fez refletir para avaliar o que realmente me moveu para a ação e me deparei com um senso de justiça dentro das minhas leis, julgamentos e valores...
Agradeço ao universo por ter me dado essa possibilidade de crescimento. Como me disseram uma vez, se encararmos as pessoas que nos incomodam por alguma razão como "mestres", no sentido de que nos mostram atitudes ou reações internas das quais não nos orgulhamos, isso pode ser uma oportunidade incrível de entender as necessidades não atendidas que temos lá no fundo e que nos levam a agir assim. Se você não estiver neste ponto de humildade (assim como eu também muitas vezes não consigo), não tem problema. A simples aceitação disso e mais a vontade de entender o porquê não está neste ponto, podem ser o fio da sua meada que pode levá-lo a mais um degrau no entendimento de si próprio!

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Estrela em teu Ventre




"Llevas una estrella en tu vientre, llevas una vida que late.
Un posible ingeniero, roquero o escritor, quizá bohemio, quizá un señor,
quizá compositor poeta medio loco o trovador, quizá una idea, quizá una solución.
A esa estrella en tu vientre, no le digas "detente".
Si lo hubiesen hecho conmigo hoy faltaría una canción..."

Este é um trecho de uma linda música, chamada Estrella en tu Vientre, de um cantor e autor guatemalteco (poderia dizer principalmente que é um poeta) chamado Ricardo Arjona muito popular nos países de língua hispânica e que sinto que não chegue por aqui, porque as letras e músicas são realmente maravilhosas...Mas esta é uma outra história...
A música  trata especificamente de uma menina que ficou grávida e que está pensando em abortar. Num trecho da música ele fala desta estrela que ela leva no seu ventre, que poderia se tornar um engenheiro, roqueiro ou escritor, enfim, e que se alguém houvesse feito isso com ele mesmo, hoje em dia nem existiria esta canção ...
Sem a intenção aqui de questionar ou julgar quem toma esta decisão, a letra me fez refletir sobre a palavra abortar, cuja origem significa "desaparecido", com a gestação encerrada. Percebi que  existem várias formas de abortar, ...Uma delas é abortar nossos sonhos...
Faço um trabalho com jovens na Associação Comunitária Monte Azul e que esta semana me tocou muito. Juntamente com uma amiga, desenvolvemos uma vivência chamada o Caminho do Despertar, com o intuito de  ajudá-los a crer que podem realizar seus sonhos, por mais que as condições sejam adversas. No começo nos deparamos com  jovens ressabiados, defensivos, rebeldes e questionadores. Aos poucos, com uma postura sem julgamento (o que já foi um exercício para nosso de crescimento pois confesso que não foi fácil!!), porém firme e com a intenção genuína de estarmos juntos com eles, eles foram se aquietando e, num gesto de confiança do qual somos eternamente gratas, foram surgindo os sonhos que estavam por trás daquelas defesas todas.
O garoto respondão nos mostrou  o talento de um artesão, a garota quieta falou com firmeza de objetivo do sonho de ser engenheira civil, e assim foram florescendo o estilista/ator, a dona de restaurante, a pediatra, o cientista, o técnico em eletrônica e inclusive um missionário, cujos sofrimentos profundos vividos nos seus precoces 15 anos de existência, o transformaram num ser determinado, iluminado que faz com que seu rosto pareça o de um homem maduro e sábio.
Foi um dia de trabalho gratificante e ao mesmo tempo saí com a sensação de preocupação gerada pelo medo de que as situações da vida pudessem apagar essas estrelas. Espero que de alguma forma o nosso trabalho as fortaleça para que estes seres possam consolidar os seus caminhos. Seria arrogante se acreditasse que só este trabalho pudesse ser capaz de concretizar o sonho de cada um deles, mas espero sinceramente que possamos ser pelo menos um paralelepípedo do caminho de cada um...


terça-feira, 23 de outubro de 2012

Eneagrama 360 graus

Como já postei anteriormente, o Eneagrama existe há milhares de anos e contem uma quantidade infindável de informações já descobertas e muitas outras que ainda precisam ser desvendadas.

Uma delas é a interpretação dos diversos traços de personalidade que as pessoas assumem em função da maneira pela qual se desconectaram com a sua essência na infância, devido a seu ambiente, seus valores, etc. Existem várias instituições que aplicam o eneagrama para identificar o traços predominantes de personalidade das pessoas.
A diferença do Eneagrama 360 graus, desenvolvido pela Escola de Eneagrama, é que ele não identifica apenas 1 traço, mas sim a distribuição percentual que cada pessoa tem de cada traço. É muito importante lembrar que o que identifica a pessoa não é simplesmente aquela distribuição de percentuais; nós somos muito mais que qualquer rótulo ou descrição possam identificar e é justamente essa a beleza do ser humano.
O Eneagrama 360 graus  ajuda a avaliar o que motiva (desmotiva) a cada um, o equilíbrio atual entres os centros (físico, intelectual, emocional), se estamos no momento atuando com stress ou tranquilidade (e as consequências disso) e muito mais, uma vez que ele é dinâmico e mostra justamente esses movimentos entre os diferentes traços de personalidade, entre tantas outras coisas. Ele é uma grande fotografia com muitas informações que ajudam a pessoa a se auto analisar e quais os pontos onde precisa atuar para fluir melhor.
Caso tenha interesse em conhecer mais sobre o Eneagrama 360 graus, entre em contato.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

O que é o Eneagrama

Uma grande amiga, Cláudia Sakai, me deu a oportunidade de entrar em contato com o eneagrama. Existem muitos textos na internet e nas livrarias onde pode-se ter mais conhecimento sobre este símbolo tão rico de conteúdo.
Uma das informações que ele tráz é a Tipologia do Ser Humano. Cada um de nós na infância, por diversos motivos, se desconectou de sua essência e assumiu uma personalidade,de acordo de como percebia o mundo na época. É lógico que tudo isso inconscientemente, com a visão de mundo que uma criança tem.
O Eneagrama reflete as 9 tipologias e como elas se interelacionam, pois as coisas acontecem de maneira dinâmica em nós e tendemos a mudar o nosso comportamento dependendo da situação que vivemos, seja de estresse ou de tranquilidade. Além disso, cada tipologia está relacionado com um dos 3 centros que compõem a nossa identidade: O Centro Físico - relacionado com a ação, o Centro Intelectual - Relacionado com o pensamento e o Centro Emocional - relacionado com as nossas emoções. Enfim, são infindáveis informações que podemos extrair sobre alguém. O mais importante porém, é ouvir diretamente a pessoa. Nenhuma ferramenta é capaz de traduzir a riqueza que o ser humano tem dentro de si. E por isso temos que tomar muito cuidado com a possibilidade de simplesmente rotular alguém e colocá-lo dentro de uma caixa. O Ser Humano é muito mais do que isso. É esse ser maravilhoso que é capaz de se reinventar a cada segundo!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Walking our Talk

Walking our Talk, ou seja viver de acordo com o que se fala ou se prega.
Muitas vezes corremos o risco de rotular a outra pessoa como se fôssemos os donos da verdade, soubéssemos seus mecanismos de funcionamento, suas qualidades e pontos a serem melhorados, enfim, nos esquecendo até que o outro é muito mais do que isso, assim como nós mesmos! Isso pode ser uma armadilha quando começamos um caminho de autodesenvolvimento; achar que já sabemos muito de nós e dos outros!
Podemos dar indícios de quem somos, mas a maravilha do ser humano é justamente essa riqueza interior que ele tem, que muitas vezes nem nós mesmos sabemos das nossa própria nem da dimensão da nossa capacidade de nos reinventar!
O ser humano é muito mais do que ele imagina que é, do que mostra para o outro e é com esse respeito que precisamos nos relacionar.
No fundo, o caminho é sempre para dentro de nós. A forma pela qual reagimos às situações externas, ou ao outro tem a ver com as concepções que já temos disso. Por isso, como me disseram uma vez, convido a você a encarar este outro que te provoca conflitos ou sentimentos "ruins" como um mestre que apareceu no teu caminho para te mostrar coisas em você mesmo que podem ser desenvolvidas. Não é um exercício fácil (digo por mim mesma), mas também afirmo que se você estiver aberto a fazê-lo vai se surpreender com a quantidade de nós internos que pode desatar!
Os julgamentos que fazemos ao outro e a nós mesmos estão vinculados com as crenças que estão arraigadas em nós. O maravilhoso disso tudo é que sempre é possível revermos essas crenças e, através das perguntas mágicas, temos a oportunidade de reavaliar o quanto elas são reais. Com isso, podemos mudar a concepção que temos do mundo, dos outros e, principalmente de nós mesmos, uma vez que a visão que temos do mundo exterior nada mais é do que o espelho da nossa realidade interior...Convido a você a experimentar esse exercício...

Fica como leitura este lindo texto: Walking our Talk

domingo, 16 de setembro de 2012

A Dimensão Espiritual do Eneagrama

Entre os módulos do Curso Eneagrama 360 graus, que fiz pela Escola de Eneagrama, comecei a pesquisar mais sobre este assunto tão inspirador!
Encontrei um livro maravilhoso chamado a Dimensão Espiritual do Eneagrama, da Sandra Maitri. Ele não é mais publicado, mas pode ser "baixado" pelo scribd. Este livro explica entre outras coisas as características das 9 tipologias, a simbologia do Eneagrama e o que levou cada pessoa, dependendo da tipologia preponderante, a se desconectar da sua Essência na infância.

O Não Fato

Há algumas semanas participei do segundo módulo do curso de Habilidades Sociais, promovido pelo Núcleo Maturi, na Escola Rudolf Steiner e fizemos uma vivência muito interessante em grupo, na qual juntos tínhamos que atingir um determinado objetivo. Após a vivência, nos pediram para descrever quais foram os fatos que aconteceram. Para a minha surpresa, várias pessoas, inclusive eu, citaram situações como: "Não houve acordo prévio de como resolver a situação", "As pessoas foram fazendo sem antes planejar como fazer", etc, isto é, muitas citações com a palavra Não. Aí caiu uma tremenda ficha pois haviam nos pedido para descrever os fatos e o que falamos foram "Não Fatos".Os Não Fatos, conforme aprendemos, estão associados às nossas expectativas. São as coisas que gostaríamos que tivessem acontecido. Cada pessoa tem uma gama de expectativas ao se deparar com uma determinada situação que podem gerar frustração ou alegria, dependendo do decorrer da mesma. A questão é que muitas vezes avaliamos uma situação pelo que NÃO ACONTECEU e não pela realidade dos fatos. 
Se cada pessoa tem seu conjunto de expectativas, quantas combinações das mesmas podem acontecer e com isso, diante do mesmo cenário, cada um pode sair com emoções e sentimentos diferentes em função dessa combinação de expectativas!
Com isso acabamos fugindo da situação de analisar os fatos como eles são. Se quisermos que as nossas expectativas se transformem em fatos, o primeiro passo é comunicar ao outro quais são elas! Ninguém tem a obrigação de adivinhar os nossos pensamentos e além disso, a responsabilidade de criar a nossa realidade, de criar os nossos fatos, é nossa!


O livro Eneagrama:Um Caminho para o seu Sucesso Individual e Profissional, de Khristian Paterhan é uma ótima leitura para quem quer conhecer e se aprofundar nas tipologias do eneagrama e seus relações.
Recomendo também o curso Eneagrama 360 graus da Escola de Eneagrama. Este modo de compreender o outro ampliou a minha forma de enxergar o ser humano. Recomendo!

Atendimento Monte Azul



Todas as quartas e quintas feiras, de manhã  faço atendimento voluntário como coach na Associação Comunitária Monte Azul.
O valor por sessão é de apenas R$ 40,00 que é revertido para contribuir com o Ambulatório.
Se tiver interesse ligue par 5852 3032 e agende com a Dayane

Coaching Individual - Life e Executive Coaching

Método Coaching de Resultado$ - Sessões individuais - presenciais ou via Skype.
Formato sugerido: em média 10 sessões de 1h30.
Valores abertos a negociação

Vivências para Jovens

O Caminho para o Despertar


Objetivo:
  • Despertar o jovem para quem ele é 
  • Fazê-lo acreditar que ele pertence ao mundo e faz a diferença. Que cada um vem com um propósito e todos são importantes. 
  • Ajudá-lo a descobrir suas habilidades e seus talentos 

Formato:
7 Dinâmicas em grupo (máximo 16 jovens) que permitirão que o jovem perceba seu ambiente, pensamentos, sentimentos e convicções para poder transformar as sombras e potencializar seus talentos


Consulte informações sobre valores e adaptações da dinâmica.

Neste programa atuo em conjunto com a piscóloga Alessandra Hecht: Formação em Psicologia e Biologia, com especializações em Fitoterapia e Psicologia da Saúde, Hospitalar e Psico-oncologia. Participou de projetos de pesquisa no Instituto de Botânica de São Paulo, Cursou Naturopatia, Terapia Floral e Medicina Antroposófica. Realizou atendimento no Ambulatório de Família da Unifesp, Centro Humanístico de Recuperação em Oncologia Saúde (CHRONOS/USP) e Casa Hope. Responsável pela prática de exercícios meditativos no Workshop Projeto de Cura voltado a pacientes oncológicos e acompanhantes, organizado pela Dra.Nise Yamagushi. Parceira Casa Focarte, psicóloga clínica, coordenando Workshops de Comunicação Assertiva e programas de apoio e desenvolvimento da saúde integral.

Eneagrama 360 graus



ENEAGRAMA 360 GRAUS
 Uma avaliação 360 graus de sua personalidade.


O Eneagrama foi deixado como herança há mais de mil anos pelos sufis. George Gurdijieff no final do século passado resgatou essa herança e decodificou o significado das 9 tipologias de personalidade. Atualmente Khristian Paterhan criou um sistema que possibilita avaliar os percentuais que cada pessoa tem de cada tipologia e como está o equilíbrio entre a emoção, ação e o pensamento.Este teste ajuda a você perceber como age no mundo e internamente para poder se perceber melhor! Por R$ 250,00 você tem uma sessão de 1h30 para entender seu comportamento. Pode ser presencial ou por Skype.

Desperte seu Gigante Interior

Este livro de Anthony Robbins é uma referência para quem quer se desenvolver. Cada vez que leio novamente algum trecho parece que um novo insight acontece. se você quer entender como funciona a sua mente, transformar convicções limitantes em fortalecedoras, fazer para si mesmo perguntas que dêem respostas para seus questionamentos, entre outras coisas, recomendo esta leitura!



sábado, 15 de setembro de 2012

O poder da palavra

Segundo Steiner, no intervalo entre o "falar" e "ouvir" está o respirar da comunicação. Quando alguém fala, ela "adormece" o outro, que por sua vez tenta se manter desperto. O que isso significa? Significa que quando ouvimos, temos que estar com o nosso Eu presente, só que isentos de julgamentos, pensamentos, enfim 100% conectados com o outro. É como se nos abríssemos para receber a essência do outro em nós, e com isso ser capaz de saber o que ELE quer, sente, pensa, como está, o que planeja, mas sem perder a referência do nosso EU. O que geralmente acontece, é que não nos comunicamos com o outro, mas sim com a IMAGEM, que temos daquela pessoa, com os nossos julgamentos em relação a ela e é por isso que a comunicação hoje em dia é um a grande desafio. É um exercício constante e temos a possibilidade de sempre começar de novo, até que possamos construir esse elo verdadeiro de conexão com o outro. Podemos sim depois perceber o que a mensagem daquela pessoa nos impactou, o que sentimos, que pensamentos gerou e isso pode ser um grande exercício para nosso caminho interior. Mas o que cabe é dar conta dos nossos sentimentos e pensamentos, sendo que de grande parte deles nem temos consciência. Para mim foi de extrema importância poder entrar em contato com estes conhecimentos e vivências e me fez prestar mais atenção na minha forma de me comunicar e aos pouquinhos me sentir melhorando a cada dia, por mais que os passos sejam pequenos, mas como se diz no Pathwork, são os passos possíveis naquele momento.

Em um curso de habilidades sociais sobre CNV - Comunicação Não Violenta, com base no livro do mesmo nome de Marshall Rosemberg, aprendi os 4 passos que devemos seguir na comunicação com o outro, numa situação que poderia ser de conflito:

  • FATO: Neste primeiro passo, mencionamos ao outro o que de fato aconteceu. Ex: Quando ocorreu....
  • SENTIMENTO: Aqui colocamos a referência em nós mesmos. Depois de relatar o fato, contamos ao outro como nos sentimos. Ex: Quando ocorreu.....me senti....
  • NECESSIDADE: Depois de contar o fato e o sentimento, mostramos ao outro a necessidade que temos por trás desse sentimento. Isto porque sempre que nos sentimos mal com alguma situação é porque alguma necessidade nossa não foi atendida (preste atenção nas suas necessidades que não estão sendo atendidas!). Com isso a frase fica: Quando ocorreu.....me senti....pois preciso de.........
  • PEDIDO: Para finalizar, fechamos com um pedido ao outro:Quando ocorreu.....me senti....pois preciso de......por isso de peço............




"Se sou verdadeiro, autêntico, se trago minha realidade para o outro e entendo com a mente e o coração do outro e, se duas pessoas estão fazendo isso ao mesmo tempo, então temos o ENTRE, o SER. Esta é a realidade do encontro" (Martin Buber)



Página em Branco



  • Você tem a capacidade de quebrar as crenças que o impedem de ser o melhor de si 
  • As coisas que aconteceram no seu passado não são limitadores para construir o futuro com o qual você sonha
  • Sempre se tem  a oportunidade de escrever a sua história porque o seu futuro é uma página em branco.
Quanto estas frases são verdades para você?

Vou falar por mim: Ao mesmo tempo em que isso é reconfortante, pois me dá a possibilidade de desatar os meus nós, tirar os tijolos da parede que me impede hoje de ser e sentir a minha essência fundamental, também é para mim um desafio: Como posso me livrar de crenças e tirar esses tijolos, uma vez que eles fazem parte do que sou hoje? Como posso mudar a forma de pensar e ver o mundo, que hoje me impede de deixar fluir a minha vida de maneira mais harmônica?
Entendo que para que realmente possa aproveitar essa página em branco e escrever a minha história em sintonia com a vibração do meu coração, tenho que fazer primeiro um caminho para dentro de mim mesma. Não se trata simplesmente de apagar tudo o que aconteceu, o que me marcou e começar do zero. Com isso estaria invalidando o meu próprio ser. Pelo menos é o que acredito. É como o Mate disse no desenho Carros 2: os amassados dele tem valor porque lembram cada aventura que ele passou com seu melhor amigo, por isso ele não quis fazer funilaria...Não quero fazer funilaria em mim mesma, mas sim olhar para cada “amassado” e aprender com aquela aventura vivida, por mais dolorida que ela tenha sido. Mesmo que as coisas aconteceram no passado, as dores estão lá e por isso é possível reviver a situação com os mesmos sentimentos, mas não com o intuito de sofrer de novo e sim de aprender com isso verdadeiramente, desatar esse nó e utilizar a energia para esse intercâmbio frutífero entre a vida e eu. E isso já é uma possibilidade tão gratificante!! Trata-se de aprender com a minha história, entender o que me fez agir de uma determinada maneira, o que me faz acreditar em alguns mantras que norteiam a minha vida, de entender a razão pela qual sentimentos indesejáveis brotam em mim...É um caminho desafiador porque me deparo com coisas das quais ainda não tenho todas as respostas. E sei também que esse caminho não é fácil pois depende muito de como você entra nele, com que defesas...
Li um texto maravilhoso no http://www.institutodoamor.com.br/, que a Joana Madia escreveu sobre o Perdão; o perdão a nós mesmos. Olho para trás e vejo quanta coisa preciso perdoar em mim, o fato de ser hoje alguém que tem partes que não gostaria de ter, de ter agido comigo no passado de maneira cruel e esmagadora, em função às minhas expectativas e grau de exigência, e como não consegui atingir, fui a maior carrasca de mim mesma, o que hoje faz com que tenha feridas que precisam ser tratadas. Preciso me perdoar por não ter tido a força e o discernimento em determinadas situações da minha vida, que me fazem hoje ter crises existenciais das quais me envergonho porque me dão a sensação de fraqueza e inadequação.
Ao mesmo tempo sei que justamente essas dores me deram a oportunidade de escolher este caminho de autodesenvolvimento, do qual tenho consciência que não tem fim e estou abrindo desbravando o meu terreno como os bandeirantes fizeram 100 anos após o descobrimento do Brasil. Quando estou no limite da exaustão é do desânimo, rezo com toda a força e Deus manda anjos em forma de pessoas que aparecem como que adivinhando o meu momento para me sustentar e fortalecer e renovar as minha fé. Aliás essa foi outra grande conquista neste processo todo; o resgate da minha fé, da confiança em algo maior que nos ampara e nos acolhe em todos os momentos. Por muito tempo duvidei disso e hoje posso dizer com toda a clareza que ESTÁ AQUI. Precisamos somente nos abrir para isso, sem a expectativa de como irá se manifestar.
Por isso desejo que cada um tenha a força e coragem de trilhar esse caminho interior, com todo o respeito a si mesmo, às suas possibilidades do momento. O mais importante é se por em movimento, respeitando seus limites e cientes de que sempre haverá uma mão para te amparar no caminho quando você precisar. E que você possa escrever lindas histórias nas páginas da sua vida que ainda estão por vir!
Boa jornada

Minha oração para todas as horas



Aprendi no curso de autodesenvolvimento do Pathwork, uma oração muito valiosa. Confesso que a decorei porque me faz muito bem parar em alguns momentos do dia e relembrá-la...Ela me mostra que não preciso ter a certeza das coisas, que posso aceitar o que é possível e que tem muito mais em mim e nos outros do que percebo e sinto. Além disso me mostra que não sou um ser dissociado dos outros e do mundo, portanto o que acontece em mim impacta a mim e ao todo. O mesmo acontece com o que acontece com o outro...E que cada um pode contribuir com este imenso poço cósmico em benefícios aos outros...Espero que ajude a você também!


Aquilo que eu já sou, seja o que for, eu quero dedicar à vida. 
Eu deliberadamente quero que a vida faça uso do melhor daquilo que tenho e que sou. 
Eu posso não ter certeza neste momento da forma como isso possa ocorrer; 
e mesmo que eu tenha alguma ideia, eu permitirei que a inteligência e a sabedoria superiores dentro de mim me guiem. 
Eu deixarei que a própria vida decida como pode acontecer um intercâmbio frutífero entre ela e eu. 
Pois o que quer que eu der à vida, eu recebi dela, e desejo devolver ao imenso poço cósmico para trazer mais benefícios aos outros. 
Isto, por sua vez, vai inevitavelmente enriquecer minha própria vida na exata medida em que eu voluntariamente der à vida, pois verdadeiramente a vida e eu somos um. 
Quando eu me nego à vida eu me nego a mim mesmo. 
Quando eu me nego aos outros eu me nego a mim mesmo. 
Aquilo que eu já sou, seja o que for, eu quero deixar fluir para a vida. 
e o que quer que ainda em mim possa ser utilizado, que ainda esteja aguardando para ser trazido à realização, eu exijo, eu decido e eu desejo que seja colocado em uso construtivamente, de forma a 
enriquecer a atmosfera ao meu redor". 
(Palestra 138: O Desejo e o Medo de Proximidade - Pathwork)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sobre Bhelux

"Me tornei coach pela alegria e satisfação de poder contribuir com o desenvolvimento das pessoas que se proponham a desenvolver seu autodomínio para ir ao encontro de seu propósito."

Meu nome é Isabel Urrutia. Me formei em Engenharia de Minas pela USP e trabalhei por mais de 15 anos na área de Planejamento de Marketing  em grandes organizações. Percebi numa etapa da minha vida que o que me dava prazer era poder contribuir com o desenvolvimento do outro e, paralelamente, trabalhar no meu próprio desenvolvimento. Hoje percebo que as duas coisas andam juntas: à medida que me trabalho, melhoro a mim mesma e às pessoas à minha volta, criando um ciclo de melhoria contínua!


Meus Pilares

  • Formação Programa Coaching de Resultados, Introdução, Avançado e Equipes pela Academia Emocional da Suzy Fleury
  • Formação em Coach  pela UM%Coaching, empresa filiada à Sociedade Brasileira de Coaching
  • Especialização em Eneacoaching, uso do Eneagrama para entender o perfil do ser humano, no curso Eneagrama 360 graus, ministrado pela Escola de Eneagrama de Khristian Paterhan
  • Estudo contínuo de autodesenvolvimento pelo Pathwork
  • Seminário de Pedagogia Social pela Associação de Pedagogia Social
  • Curso de Habilidades Sociais (Comunicação não Violenta)  ministrada pela consultoria antroposófica Maturi
  • Estudos contínuos sobre a antroposofia na Escola de Pais do colégio Waldorf Rudolf Steiner



Origem do Nome
A proposta deste blog é compartilhar ensinamentos e vivências que me ajudam no meu caminho de desenvolvimento interior poder contribuir com quem sentir que isso ressoa dentro dele também.
Depois da grande ajuda do Maurício, meu companheiro de todas as horas, que me dava o parecer dos nomes que surgiam à minha mente e foi inclusive o mentor da ideia de por um nome em latim, cheguei a Bhelux. Como hoje em dia tudo se acha na internet, encontrei este site http://origemdapalavra.com.br, que me permitiu compor este nome que significa Ser de Luz ou se preferir, Luz do Ser. Segundo o site, Ser se origina da palavra Indo-Europeu BHE, que significa "ser, existir, vir a ser, crescer"  e Luz vem do latim Lux. Fiquei feliz também quando percebi que este nome contém Bel, que é meu apelido entre pessoas queridas. E por tudo isto o nome me preencheu. Hoje verdadeiramente acredito que somos seres de luz, de uma luz interior maravilhosa que precisa ser cuidada e resgatada. Também sinto que cada Ser é iluminado e único e que estamos aqui para melhorar, aceitar e encarar as nossas fraquezas e limitações e embarcar nesta aventura maravilhosa para o nosso interior. As respostas que queremos do mundo estão dentro de nós e esse olhar para o nosso interior é que permitirá que percebamos a conexão com este todo, pois afinal de contas nós e a vida somos um. Espero que possa contribuir de alguma forma com a sua caminhada!